sábado, 22 de setembro de 2012

Atitudes e Exemplos...Ronaldo Luís Nazario de Lima

Algum tempo atrás disse a uma amiga que não era capaz de julgar ninguém. Realmente, o tempo que passei como gestor de pessoas e a minha formação profissional me impede de emitir juízo, supor, conjecturar sobre atitudes ou pessoas. Aprendi por observação e pela experiência profissional que o que se espera de um gestor são avaliações e não julgamentos.

Cabe a um líder avaliar posturas, comportamentos, desempenho, etc. das suas equipes, de acordo com as regras, padrões e cultura da empresa. Tudo isso dentro de uma postura ética.

Chamamos de ética então a parte da filosofia que estuda o comportamento humano exclusivamente pela razão. Aliás, essa é a diferença de ética de moral, a análise do comportamento humano fundamentada pela razão. No mundo corporativo a ética exigida ao profissional fala sobre princípios como honestidade no trabalho, lealdade ao segredo profissional, respeito a dignidade humana, ou seja, o comportamento esperado de todos os que compõem a empresa.

Então, sem emitir nenhum juízo de valor, procuro influenciar pessoas a ter atitudes que costumo classificar como "vencedoras". Se olharmos ao redor nos deparamos com exemplos de vida que nos motivam a vencer as barreiras que a vida nos colocam.

Peço então que sem nenhum julgamento de certo ou errado, que avaliem os exemplos de auto-motivação que nos deu o jogador de futebol Ronaldo Luís Nazário de Lima. Ronaldo Fenômeno completa hoje 36 anos e, independente do que fez na vida fora de campo ou de que times que jogou, quantos interesses defendeu ou ofendeu, sua carreira profissional deve servir como exemplo.


Com um talento incrível, Ronaldo conseguiu a proeza de ser convocado para uma Copa do mundo aos 16 anos, em 1994. Em 1996, jogando pelo Barcelona, foi eleito o melhor jogador do mundo pela FIFA. O feito se repetiu em 1997, agora jogando pela Inter de Milão. No ano seguinte era o protagonista de uma Copa do Mundo perdida em uma final contra a França. Com uma convulsão no dia do jogo final, Ronaldo experimenta seu primeiro grande fracasso, em 1998.

Após a Copa, já jogando pela Internazionale, onde ganhou o apelido de "Fenômeno", Ronaldo teve o seu desempenho muito prejudicado por seguidas contusões e compromissos profissionais com patrocinadores. Até que em 12 de abril de 2000, no jogo final da Copa da Itália contra a Lazio, Ronaldo teve uma ruptura completa do tendão patelar do joelho. Sua contusão o deixou afastado dos gramados por 15 meses. Novamente o destino coloca uma grande pedra em seu caminho.

Ronaldo se recupera e, mesmo sendo considerado pela maioria da crônica esportiva brasileira como ex-jogador de futebol e tendo contra sí a opinião do próprio comandante na Inter, o Argentino Hector Cúper, que afirmava categoricamente que ele não tinha condições de distputar a Copa do Mundo de 2002, Ronaldo recebeu a confiança de Luis Felipe scolari e novamente foi o protagonista de uma Copa do Mundo. Só que desta vez o Brasil foi campeão mundial e Ronaldo foi artilheiro da Copa.

Após a Copa, mais uma vez foi eleito o melhor do Mundo, transferência milhonária para o Real Madrid. Sempre questionado pela postura fora do campo, sua carreira entrou em um período descendente. Um novo grande fracasso na Copa de 2006, seguido de uma conturbada transferência novamente para Milão, agora para o Milan. E a vida lhe colocou um novo desafio. Em 13 de fevereiro de 2008 em uma partida contra o Livorno, Ronaldo novamente rompeu o tendão patelar do joelho.

Agora com 32 anos a recuperação parecia impossível, razão pela qual o time de Milão não renovou o seu contrato. Ronaldo retorna ao Brasil e passa a treinar no Flamengo.

Novamente a crônica esportiva em geral o considera como ex-jogador. Ronaldo segue um período de recuperação no Flamengo e surpreendentemente assina um contrato com o Corinthians.

Retorna ao futebol e mesmo sem a mesma forma que o levou a ganhar três títlos de melhor do mundo, ser o maior artilheiro de todas as Copas e ajudar o Brasil a levantar dois títulos mundiais, Ronaldo ainda consegue ajudar o time brasileiro a ganhar um título regional e um nacional.

Isso tudo faz de Ronaldo um exemplo de persistência, de auto-motivação, de acreditar em seu potencial, mesmo quando ninguém mais parece acreditar.

Pense nisso, sem julgar as suas decisões, que em alguns momentos lhes parecerão certas e em outros não.

Ronaldo em toda a sua trajetória nunca desistiu de sí próprio.

Essa é a mensagem... não desista!!! Acredite!!! 

E seja feliz!!!

Marcelo Alves Bellotti

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