segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Problemas x Soluções, refletindo sem fórmulas mágicas

Você já se perguntou porque tantos problemas dentro da sua rotina de trabalho? Todos os dias eles aparecem, confundindo a sua cabeça e atrapalhando a sua rotina do dia a dia. Para que possamos ter uma ação eficiente na solução de problemas temos que entender o que são problemas e como encontrar soluções.

Você sabe qual a razão do seu trabalho? A sua empresa tem uma missão, que se desdobra em alguns objetivos e estes em metas. Então, você sabe qual a sua participação nessa engrenagem? A partir de um planejamento estratégico, as empresas partem para a definição de metas a curto, médio e longo prazo e aí vem a criação de estruturas (departamentos) e processos para cumprir as metas e alcançar os objetivos.

Com essa definição, surgem então os problemas. O que são os problemas dentro da sua rotina? Problema é tudo aquilo que faz a empresa desviar da sua meta. Essa definiçao é de suma importância, porque a definição correta de um problema faz com que a busca da solução seja assertiva.

É comum hoje definirmos como problema a falta de tempo para executar uma tarefa que nos leva a meta. Então, utilizando a definição, surge a pergunta... Nossa meta é ter tempo? Claro que não. Então a solução é rever processos, rever prioridades e com isso deixar o processo mais eficiente para ser feito em um tempo menor.

Outro erro comum é se debruçar no problema, procurando culpados e agindo como vítima. Equipes inteiras desperdiçando tempo procurando justificativas e apontando culpados para erros dentro das empresas.

O erro aconteceu, correto? o foco então é na solução! O que mais importa para alcançar a meta é que o problema não ocorra mais. Equipes de alta performance focam em soluções, buscando alcançar resultados, definindo corretamente seus problemas e focando nas metas.

Resumindo, como lidar com os problemas?
- Conhecendo suas metas;
- Definindo corretamente o problema;
- Focar na solução;

Tudo isso feito em equipe, nunca se esquecendo que você não é uma ilha, trabalha em uma equipe sob uma supervisão. A resolução de um problema parte sempre do comprometimento de todas as equipes envolvidas com o problema.

Você não tem problemas? Pense... e siga em frente em busca das suas metas!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Ampliação da Visão como redescoberta da realidade

Ferramenta poderosa para o autoconhecimento. Temos por hábito observar a realidade apenas por um ângulo. Isso não garante que estamos observando o todo da situação.
Ampliar a visão é poder ver além da perspectiva. É saber que existe algo mais do que aquilo que estamos observando no momento. É focar em soluções, e não no problema, pois quando estamos focando no problema, perdemos o contato com o todo. Quando nos afastamos do problema, conseguimos ver o contexto e entender as perspectivas diferentes oferecidas por outras pessoas.
A figura que ilustra esse comentário é ótima para explicar a ampliação de visão. Um lado vê uma figura arredondada de cor azul, o outro lado vê uma forma quadrada de cor alaranjada. Ambas são verdadeiras, porém quando nos afastamos daquilo que a verdade nos mostra, podemos ver a peça como um todo e todas as perspectivas. Para ver a figura azul, teremos que nos colocar no lugar de quem está vendo a figura azul. Por isso, a empatia é fundamental para podermos entender pontos de vista que não são iguais aos nossos.

Amplie sua visão. Perceba que há algo mais, além do que seus olhos podem ver. Como Mentor e Coach, faço um trabalho especial para ampliação da visão. Uma redescoberta que faz a diferença na sua vida, seja pessoal ou profissional.
Entre em contato! 11 99456 6288 (cel ou WhatsApp) ou por e-mail m-bellotti@uol.com.br. Tenho algo sob medida que pode te atender.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Reuniões Produtivas dependem dos Líderes

Li ontem uma matéria enviada por um amigo da revista Exame que as empresas chegam a perder 25% do seu tempo com reuniões inúteis. Com isso, segundo a própria reportagem, você acaba perdendo o tempo que seria utilizado para resolver o problema com uma reunião onde não se decide nada.

Proponho uma reflexão sobre o assunto. Para começar devemos ter em mente a definição de reunião: "Encontro de duas ou mais pessoas com propósito de discutir algum tema ou realizar alguma atividade." Portanto, para que haja uma reunião, deve necessariamente haver um tema.

Reuniões devem fazer parte da sua rotina de trabalho. Organizações hoje em dia são produtos de fusões e aquisições, tem estrutura complexa e buscam mais eficiência e menor custo. Mesmo nas organizações mais simples existe a necessidade de alinhamentos e decisões.

Vamos partir do princípio da Administração. o que você e seu departamento faz tem uma entrada, um processamento e uma saída. Então você recebe um insumo, transforma e entrega a outra área. É natural então que você dependa do fornecedor do insumo e que infuencie a área que você entrega o seu serviço.

Então você não está sozinho na empresa. Se tentar resolver um problema de maneira isolada, sem envolver fornecedores ou clientes, o resultado pode ser ainda mais ineficiente do que uma reunião para definir o assunto.

Para tornar uma reunião eficiente, alguns pontos devem ser levados em conta, visando o sucesso na realização das mesmas.

1 - Definição do tema da Reunião - Uma reunião deve ter um tema definido de maneira clara, definindo o que vai ser discutido e o que não será discutido, evitando que o assunto se disperse.

2 - Definir os participantes - Parte importante do processo, deve participar de uma reunião pessoas que possam acrescentar na discussão do tema e quem tem competência para deliberar sobre o assunto. Quando este não pode participar da reunião, deve nomear um representante que possa tomar decisões em seu lugar. Isso deve estar claro na convocação da reunião.

3 - Definir o tempo da reunião - É importante que seja definido a duração da reunião e que ela não ultrapasse o tempo indicado. 

4 - Definir papéis e responsabilidades - Após as decisões tomadas em reuniões, devem ser definidos os planos de ação para realizar as tarefas elencadas nas reuniões. O mais indicado é utilizar o modelo 5W e 1H, deixando claro prazos e responsáveis.

5 - Elaboração da pauta - É fundamental documentar as decisões tomadas, com a participação e validação de todos os envolvidos, citando quem participou e qual foi a participação na tomada de decisão.

Experimente colocar métodos claros em suas reuniões. Esteja ciente que você não está sozinho e que para suas decisões sejam aplicadas da maneira que você deseja, é necessário que você envolva todos os responsáveis, sejam fornecedores ou clientes do seu produto. 

Procure conduzir as reuniões para que os assuntos não saiam do tema. Tenha em mente que reuniões não representam um problema. O grande problema são reuniões mal conduzidas, sem tema definido, onde muito se fala mas pouco se faz, onde pessoas que participam não podem resolver o assunto, tendo que levar ao conhecimento de quem pode decidir.

Faça reuniões eficientes, utilize sempre o método. Reflita sobre isso... os resultados irão te surpreender.

Marcelo Alves Bellotti

sábado, 2 de maio de 2015

Dia do Trabalho! Descanso e reflexão!

Mais um dia do trabalho, mais razões para refletirmos sobre o qual a razão de aceitarmos e comemorarmos esse dia. O brasileiro em geral costuma aproveitar os feriados para descansar da rotina que transforma os seus dias e se esquece de refletir sobre a razão das coisas. 

Notamos que em geral cada vez mais uma parte maior reclama dos feriados, que somos o país dos feriados e que nesses dias a economia não anda, que em tempos de crise esses feriados deviam acabar. Temos análises intermináveis de o quanto a produção econômica cai em anos com mais feriados e pelo contrário, o quanto a economia cresce com o turismo em cidades que se aproveitam disso.

Feriados são datas de comemoração ou de reflexão. Existem por uma razão específica, podendo ser obrigatório ou facultativo as pessoas serem dispensadas do trabalho. Eles não chegam de maneira surpreendente, portanto podem e devem ser planejados no calendário corporativo. 

Chegamos a mais um "dia do trabalho". Data em que podemos observar no mundo, uma série de manifestações e reflexões sobre todos os assuntos de interesses de classes. A data lembra o ano de 1886 quando os trabalhadores americanos decidiram iniciar uma greve por melhores condições de trabalho. No ano seguinte o movimento se espalhou pela Europa e em 1891 os franceses a consagraram como a luta por uma jornada diária de oito horas de trabalho.

Hoje vivemos no Brasil um tempo de mudança, onde o pensamento atual caminha para o que se convencionou chamar de "flexibilização das leis trabalhistas", com o intuito de enfraquecer os sindicatos e conseguir diminuir o ônus da contratação de um funcionário CLT, diminuindo seu custo, seja com impostos, seja com conquistas trabalhistas, seja com benefícios inerentes de uma categoria, seja com o próprio salário.

Porém essa não foi a pauta da discussão proposta pela classe política, que na ausência da representação popular (que estão nas praias aproveitando o feriado e confere o que aconteceu no Jornal Nacional) deu o tom das discussões do dia do trabalho no Brasil. A ausência do discurso da Presidente.

Falaram líderes sindicais, defendendo bandeiras como o fim do fator previdenciário, sorteando carros e colocando músicas para alegrar o povo, as manifestações não conseguem produzir nada que faça uma reflexão sobre o trabalho e o emprego, fundamentalmente qual o rumo que esses aspectos tão fundamentais na economia terão com essa flexibilização.

O assunto da mídia ontem, pra variar, era praia... fora PT... fora Dilma... Aecio fala de covardia... a partir de vídeos comemorados como um gol por torcidas organizadas em todo o país. O único assunto mais relevante citado foi o da proposta para correção do FGTS, que hoje é feito somente pela TR, que fosse idêntico ao da Poupança, ou seja, 0,5% + TR. Mas como o povo que está na praia não consegue ouvir, isso vira promessa de político e perde o valor já na segunda feira. E assim seguimos o barco!

Reflita sobre isso! Feriados são datas de reflexão... O dia 01 de maio serve também para você lembrar a morte do seu ídolo, ele era de muita gente também, o eterno Ayrton Senna... Pense na sua participação nesse movimento todo... um feriado não é um dia a mais de descanso! É um dia de reflexão! Tenha uma atitude positiva nesses feriados! Participe das decisões que podem te afetar como cidadão! 

Um ótimo feriado!

Marcelo Alves Bellotti

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Profissão x Ocupação

Hoje temos vários profissionais entrando no mercado de trabalho e formando seus currículos destacando suas habilidades, suas ocupações e suas profissões sem saber como encaminhar uma carreira e formar o seu perfil. Cabe aqui então ressaltar essas diferenças para a montagem de um bom perfil profissional.

Chamamos de profissão a uma atividade especializada, que requer estudos específicos para cada área. Temos então contadores, médicos, administradores, advogados... São resultantes de estudos e pesquisas e não podem ou não devem ser exercidas por profissionais não habilitados para tal.

Geralmente, além da certificação, algumas profissões ainda são regulamentadas com uma licença especial. Então um motorista profissional deve ser habilitado pelo Detran, um profissional formado em direito deve ser habilitado pela OAB, o engenheiro pelo CREA, etc. São conselhos criados para habilitar profissionais e fiscalizar o exercício de cada profissão.

Ocupação é tudo o que fazemos no nosso dia. Em termos profissionais, ocupação geralmente é definida como o cargo em que você ocupa. Temos uma definição de ocupação como "uma espécie de trabalho feito por ela" ou como um "conjunto de expectativas de papel". 

Uma boa definição de ocupação está na não necessidade de tudo aquilo que é requerido no caso da profissão. Então para ser um contador, você deve ser certificado e ter a habilitação específica para assinar balanços. Para ser motorista profissional, você deve ser habitado especificamente para esse fim. 

Ocupação então é tudo o que você faz e que não necessita de habilitação especial, bastando um treinamento. Então, no caso do contador, por exemplo, um assistente contábil pode ser uma pessoa sem habilitação específica e com um bom treinamento executa a função. Assim temos outras ocupações como por exemplo garçons, assistentes em geral, ajudantes, etc.

O importante na formação de um perfil profissional de uma pessoa é o entendimento dessas definições. Quando pensar em uma profissão, pense no que está se ocupando nesse momento. Não há nessas afirmações nenhum juizo de valor, ocupações podem ser bem lucrativas e com rendimentos superiores ao de uma profissão. Atletas profissionais de futebol são um bom exemplo disso.

Não devemos confundir profissão com profissional. Profissional é todo aquele que é remunerado pela atividade exercida, seja habilitada ou não!

Construa seu perfil profissional, independente se necessitar de habilitação especial ou não. O importante é procurar um caminho profissional mais adequado a você. É importante que você saiba as definições para poder encaminhar a sua vida profissional de acordo para planejar uma carreira de sucesso.

Marcelo Alves Bellotti

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A Eficiência e Eficácia no mercado de trabalho.

O conceito de eficiência e eficácia, ao contrário do que se pensa, são complementares e surgem como uma solução dentro do ambiente corporativo.

Hoje em dia, mais do que nunca se faz necessário um controle mais apurado nas empresas dos custos e despesas. Atuar no mercado brasileiro não é uma tarefa fácil para nenhum administrador. E nas empresas hoje se destacam os melhores técnicos que conseguem gerir orçamentos.

Sim, com a economia dando sinais de enxugamento, a ideia hoje nas empresas é "fazer mais com menos". Daí o foco central hoje não ser mais o ser humano e sim as técnicas de como enxugar os custos para cumprir o orçado para o ano.

A palavra do momento então é SINERGIA. Sinergia é uma palavra grega que significa Cooperação. É quando o todo se torna maior do que a soma das partes. Porém hoje esse termo é utilizado para identificar duas ou mais pessoas fazendo a mesma função para atingir o mesmo objetivo. O resultado natural é a "redução de custos" nesse caso.

Porém o que podemos observar em várias empresas hoje é que devido às altas margens de lucro permitidas dentro do mercado brasileiro, as empresas hoje são muito ineficientes, que torna seus custos e despesas altíssimos. Enquanto elas puderem repassar isso a sua margem, esta tudo ok.

Porém com a queda na taxa básica de juros, a margem ficou prejudicada e as empresas tiveram que mexer nos seus custos. O ideal seria trabalhar com os conceitos de eficiência e eficácia, analisando seus processos e buscando melhorias. É comum hoje verificarmos empresas gastando fortunas em treinamento, com locais apropriados, hotéis, passagens de avião, traslado, alimentação... Os colaboradores vêm, fazem o curso, vão embora e pronto. Não há uma mínima verificação se utilidade ou utilização do conteúdo do treinamento após sua finalização.

Pessoas cursam Inglês ou Espanhol, executam funções operacionais onde esse conhecimento não pode ser aplicado. Pessoas são treinadas em Informática e não são incentivadas a práticas de melhoria em sua área. Estamos em um mercado ineficiente, onde cortar custos é fazer mais com menos. O resultado é altos índices de estresse, desrespeito as leis e conflitos internos.

Vamos conhecer o conceito de eficiência. Eficiência é a relação entre os resultados obtidos e os recursos empregados. É a capacidade do administrador de conseguir melhorar um produto final em relação aos insumos necessários para obtê-los. Isso significa agregar valor ao produto. Lembrando o conceito de agregar valor como a capacidade de satisfazer o cliente.

Voltando a realidade das empresas. Hoje em dia, se analisarmos qualquer processo em qualquer empresa com o mínimo de conhecimento técnico, poderemos deixá-lo mais eficiente, reduzindo tempos e custos de maneira sustentável. Uma medida boa para início de trabalho é calcular a produtividade, ou seja, a relação entre o processo e o colaborador que executa esse processo. Podemos citar padronização de procedimentos, enfim, várias soluções metodológicas para melhorar a eficiência das empresas.

Isso tudo, porém deve ser planejado. Qualquer processo de melhoria e implantação de Gestão de Qualidade ou Gestão por Indicadores requer planejamento e tempo para expandir a filosofia de trabalho. Deve-se pensar em objetivos de curto, médio e longo prazo. Daí aplicamos o conceito de Eficácia. Eficácia é a relação entre os resultados obtidos e os objetivos pretendidos. 

Então ser eficaz é conseguir atingir um dado objetivo. Ser eficiente é conseguir um resultado melhor com os mesmos recursos. O ideal para empresa é conseguir planejar para ser eficaz e medir a sua eficiência, utilizando métodos para garantir resultados melhores e principalmente sustentáveis.

A dica: Busque ser eficiente, além de atingir a sua meta, busque a melhoria, o resultado profissional será mais compensador, pois você estará agregando valor ao processo. Seja comprometido com os resultados, invista em conhecimentos que realmente possibilitem o seu crescimento. Não faça nada por fazer.  E seja feliz!

Marcelo Alves Bellotti

sábado, 30 de março de 2013

Ética Profissional

Sempre acreditei que o esporte é a melhor maneira de aprendermos como funciona a vida. Seus exemplos nos revelam os paradoxos das relações corporativas e faz com que nos espelhamos na maneira de pensar de nossos ídolos. Por essa razão essas celebridades deve ser cobradas a todo instante pelas atitudes que tomam e inspiram sua legião de seguidores.

Para exemplificar a afirmação proponho uma análise sobre o ocorrido no dia 24 de março de 2013 e vencido por Sebastian Vettel. Tivemos polêmicas de todos os tipos ao final do Grande Prêmio, com brigas envolvendo pilotos de uma mesma equipe.

Sem entrar no mérito de quem tem ou não razão, procurarei somente me ater aos acontecimentos que devem ser levados em conta nas relações profissionais e na formação de um profissional.

Hoje, ao contrário do que acontecia nas épocas de Senna, Piquet e Emerson Fitipaldi, as corridas de automóveis são disputadas por equipes e não somente por pilotos. Óbvio que existe o componente técnico, mas cada vez mais ele está perdendo espaço para aspectos mais presentes no mundo corporativo. Espera-se de um piloto muito mais do que simplesmente talento. As equipes em geral são braços das grandes montadoras no mundo e tem interesses comerciais que devem ser analisados na formação das equipes como um todo e não somente na contratação dos pilotos.

Por essa razão, não é mais comum vermos brigas extremas entre pilotos de uma mesma equipe. Os assuntos são discutidos internamente e após definida a estratégia do campeonato e a tática para aquele determinado GP, os pilotos vão a pista demonstrar que são capazes. 

No GP da Malásia tivemos duas situações claras, ambas de um conteúdo político forte. Na Mercedes, que fez um investimento razoável para ter Lewis Hamilton no seu quadro de pilotos, o chefe de equipe Ross Brown não pensou duas vezes quando viu o principal investimento de sua equipe neste ano em uma situação complicada. Pediu ao seu outro piloto (Nico Roseberg) que preservasse os lugares na pista, mesmo sabendo o prejuízo técnico que isso causaria, afinal de contras, o piloto inglês tinha claros problemas de consumo de combustível e não poderia ser competitivo e evitar uma ultrapassagem. Mesmo contrariado, Nico Roseberg respeitou a decisão do time e se manteve atrás de seu companheiro.

No caso de Vettel, a mesma postura não foi observada. Claramente mais rápido do que seu companheiro, o piloto alemão desrespeitou a mesma solicitação e até um "acordo" entre os pilotos de que aquele que sai do último pit na frente permanece até o final sem alterar as posições.

As situações vividas na Fórmula 1 são as mesmas que encontramos em nosso dia a dia. As empresas elaboram estratégias para participação dentro do mercado onde atuam, fazem investimentos que não se limitam somente em ter o melhor piloto, mas também o melhor time. Nesse sentido, os mecânicos, os engenheiros e até os pilotos da mesma equipe são parte integrante em uma vitória e na conquista de um campeonato. 

Porém, o que vimos foram duas atitudes distintas. No caso de Nico Roseberg a atitude foi de respeito ao time, reconhecendo que mesmo sendo uma atitude reprovável no aspecto esportivo, o respeito na relação entre o time estava preservado. Se não houve bom senso, prevaleceu a ética profissional. Já no caso do alemão Sebastian Vettel não... sua atitude foi esportivamente perfeita, pois se há um carro melhor na pista, este deve ganhar uma corrida. Porém essa vitória não deve vir a qualquer preço, pois nem sempre o melhor vence. Ao ultrapassar o companheiro de equipe, Vettel ignorou não só uma solicitação dos seus empregadores, mas também de um acordo feito na própria equipe, pelo que se sabe.

Vettel pensou em si próprio, na sua carreira e nos seus fãs. Fez valer o fato de ser tricampeão mundial de pilotos, sabe que muito pouco ou quase nada acontecerá para ele após o episódio. 

Depois, o próprio Vettel deve ter refletido sobre a sua atitude que, mesmo parecendo justa no aspecto desportivo, demonstrou fraqueza de caráter e de completa falta de ética profissional, pediu desculpas aos funcionários da Red Bull e a seu companheiro de equipe.

Ética profissional pode ser definida como o conjunto de normas éticas que formam a consciência do profissional e representam a sua conduta. Ser ético é agir dentro dos padrões convencionais, é não prejudicar o próximo. Se algo foi combinado antes, na formação da estratégia do time para o campeonato e na tática para aquela corrida, ter ética profissional é seguir os princípios determinados pelo seu grupo de trabalho.

Você é responsável pela sua trajetória profissional. Deve ter em mente que trabalha em equipe e que depende de mais pessoas para desempenhar suas funções e poder mostrar a todos os seus talentos individuais. É certo que os ambientes empresariais são políticos, onde decisões dentro de corporações nem sempre levam em conta o talento profissional de cada um.

Porém o que conta são atitudes sustentáveis, como já dissemos anteriormente. Quando tiver oportunidade de se deparar com situações complicadas, saiba que você é o grande mentor da sua carreira, mas não é nada sem uma equipe. Ela da a sustentação para as corporações. Prefira sempre comportamentos éticos, responsáveis, mesmo que para os olhos de muitos a atitude não seja a atitude vencedora.

Se transportarmos essa situação para o time Red Bull, que certamente é o melhor carro da F1 há anos e tem consciência disso, a atitude de Vettel pode ter dado a ele a vitória e a liderança do campeonato... e lhe custado um lugar na F1 em 2014... Ja imaginaram Fernando Alonso na Red Bull?? Aposto que Cristian Horner (Chefe de equipe da Red Bull e patrão de Vettel) já pensou... e muito!!!

Não quero aqui julgar o fato esportivo, uma vez que esse acordo de preservar equipamentos e pilotos ao final das provas é extremamente discutível. Apenas peço a reflexão sobre o GP da Malásia. Para que possamos até entender o porquê do pedido de desculpas do Alemão da RBR e o motivo de Ross Brown estar elogiando tanto seus pilotos.

Procure saber quais as atitudes que seu empregador espera de vocês, sobretudo com relação a redes sociais. Quais são os princípios e os valores do seu empregador e seja ético no seu comportamento profissional.

Marcelo Alves Bellotti